quinta-feira, 10 de junho de 2010

Casamentos...

É, vamos voltar àquele post antigo de fevereiro, quando disse que ia discorrer um pouco mais sobre o trecho do livro.
Em primeiro lugar, eu não sou casada, mas sou uma observadora. Observo os outros para aproveitar os exemplos. Sendo assim, consigo enxergar muitas coisas que os outros não podem por estarem preocupados demais olhando para si mesmos.
Namoro há muito tempo e só agora estou começando a sentir que estamos nos preparando para casar. Casamento envolve muita coisa, mas acho que a mais importante de todas é maturidade. Não dá p/ entender casamento entre pessoas imaturas. Eles só fazem as pessoas sofrerem. E não é só quem está nele, mas sofre tb quem está fora. Vejo casamentos que aconteceram por vários motivos errados hoje. Pessoas que casaram para sair de casa, pessoas que casaram para realizar o sonho da princesa e seu príncipe encantado, pessoas que casaram para dizer que eram grandes e tinham família, pessoas que casaram apenas para dizer a todos que não era uma encalhada. Poucas são as pessoas que conheço que casaram apenas porque sentiram que era a hora certa, que tinham condições financeiras e emocionais para isso. Pessoas que casaram apenas para condizer com o papel na sociedade, mas que no fundo já se sentiam casadas há tempos.
O que é o casamento? Instituição social? Patamar feminino? Indicativo de maturidade? Licença para transar e ter filhos? Apenas mais um papel que nos define perante a sociedade? Não sei. Casamento para mim é compartilhar a vida. É aprender a se dar, a conviver com alguém que não estava lá quando você nasceu. Alguém que surgiu em sua vida e sabe-se-lá por que cargas d'água você gosta de ficar junto. É aprender a dar e receber. É ter com quem lutar para alcançar seus objetivos. É ter com quem contar nas horas difíceis. É importante sim, mas é realmente necessário assinar um papel para tudo isso?
Conheço pessoas que esfregam na cara que são casadas e "muito bem casadas". O que seria ser "bem casada"? Essas mesmas pessoas são infelizes porque têm que mostrar para os outros que são felizes, isso porque nem mesmo elas acreditam nisso. Elas tentam provar para si mesmas que o conto de fadas existe, sim, mas no fundo sabem que estão se enganando. Casamento deve ser cansativo. Tentar provar a todo custo que se é feliz em um deve ser mais cansativo ainda. Tenho pena dessas pessoas que acham que é obrigatório ser feliz quando se casa. Elas vivem num mundo ideal e não sabem como encarar a realidade. Guardam seus problemas para si, com medo de que os outros descubram a sua infelicidade. No fim das contas, o que se torna um martírio não é o casamento, mas o papel representado para os outros. E quem representa esse papel sequer tem a chance de começar de novo. Porque para começar, elas precisam terminar. E isso é admitir publicamente o fracasso. Triste essa vida de querer agradar os outros. Triste essa vida de se anular apenas para manter viva uma coisa que morreu antes mesmo de começar.
Algo que começa com os motivos errados tende a terminar pelos mesmos motivos. Não dá p/ viver um conto de fadas nos dias de hoje. Quando duas pessoas resolvem casar, é preciso ter em mente a realidade. O problemas é que muitos só a conhecem depois do mal feito...

2 comentários:

Bobbie disse...

Apesar de também não ser casada, concordo plenamente quando você diz que deve-se conhecer a realidade do casamento antes da decisão. Casamento, a meu ver, é a decisão mais racional que um casal pode tomar,não dá para tomar um porre e decidir casar, devemos levar em consideração que paixão é um estado passageiro e que dura no máximo 2 anos.Sendo assim, o que realmente nos agradará na pessoa após este período? O que nos levará a assumir a frase "até que a morte os separe"?

Beijomeliga!

Naomi disse...

A amizade, minha amiga. O amor-amigo é pra sempre, até que a morte os separe mesmo! Como dizem por aí: "Melhor casar com alguém com quem vc possa conversar pq um dia coisas vão cair e vcs não poderão fazer nada além de conversar..." Rs...